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Pesquisadores da Ufac produzem embriões bovinos in vitro e fazem estudo inédito no Brasil


Pesquisadores do curso de medicina veterinária fizeram a primeira produção in vitro de embriões bovinos da Universidade Federal do Acre (Ufac). A criação faz parte de uma pesquisa que quer buscar uma melhor taxa de produção.


A produção foi feita após a Estação de Melhoramento e Difusão Genética Animal (Emdga), que era instalada na sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e estava parada, ser cedida à Ufac por meio de um convênio com o governo do Acre, em fevereiro deste ano.


Após alguns meses de instalação e testes, os pesquisadores conseguiram produzir 18 embriões bovinos. O pesquisador e professor da universidade, Rafael Satrapa diz que a técnica usada inicialmente para a produção já é feita em todo país, inclusive no Acre, mas que esta foi a primeira vez na Ufac.


“Existem vários laboratórios no Brasil, inclusive no Acre, mas, somente comercial. Laboratório para pesquisa e ensino, esse é o primeiro. Desde a cessão dos equipamentos, fizemos a montagem, calibragem e validação da técnica, já que estavam parados há praticamente dois anos. Então, de certa forma foi rápido, tanto que eu nem estava esperando que a gente pudesse produzir os embriões já nessa primeira rodada”, diz.


A produção in vitro é uma técnica reprodutiva que permite que o espermatozoide e o oócito interajam fora da fêmea, possibilitando o aumento do potencial genético do rebanho, a partir do cruzamento de animais de alto valor.


Outra vantagem dessa técnica é a produção de descendentes de animais que não estejam fisicamente no mesmo lugar ou até obter embriões de animais que morreram, mas deixaram material genético para reprodução.


Pesquisa com antioxidante


O pesquisador explica ainda que esse primeiro trabalho de produção in vitro faz parte de uma pesquisa maior que deve começar a ser testada em agosto deste ano. Além de Satrapa, participam do estudo uma outra pesquisadora e quatro alunos.


A ideia é incluir antioxidante no cultivo de embriões e, assim, obter uma melhor taxa de produção. Os pesquisadores acreditam que até o final do ano já consigam obter resultados.


“É um produto que a gente vai testar, um antioxidante, que vai ser acrescentado no meio do cultivo dos embriões. O objetivo desse antioxidante é que produza embriões de melhor qualidade e que tenham uma chance maior de vingar durante a gestação e ao nascer. É uma pesquisa inédita, inclusive no Brasil. Já existem pesquisa quanto ao uso de antioxidantes, mas esse especificamente não”, afirma.


Além de servir para pesquisa e ensino, o laboratório deve prestar serviços aos produtores locais, em um segundo momento. O professor informou que essa, inclusive, é uma das condições para a assinatura do termo de cessão do uso dos equipamentos.


“Na verdade, o laboratório tem uma característica de ensino e pesquisa e, obrigatoriamente, no futuro próximo, de extensão também. Uma das condições para a assinatura desse termo é que, quando ele estiver ativo, a gente deve prestar esse serviço para a comunidade, ou seja, para os produtores do nosso estado”, destaca o pesquisador.


As informações são do G1.

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