O interesse pela criação de búfalos vem crescendo no Brasil e se transformando em uma alternativa rentável, principalmente para donos de pequenas propriedades. Na região paulista do Vale do Ribeira, onde o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um dos mais baixos do país, segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), a criação da pecuária bubalina está mudando o perfil econômico da região.
O leite de búfala chega a custar o dobro do leite de vaca no estado de São Paulo. Nos últimos anos, restaurantes e supermercados gourmets da capital têm aumentado também a demanda pela mozarela de búfala. Segundo o Consultor de Negócios do Sebrae, Anderson Bezerra de Lima, o Vale do Ribeira tem a maior população de búfalos do estado, com aproximadamente 50 mil, representando 40% do rebanho. Cerca de 550 famílias, dos principais municípios da região trabalham nessa cultura: Registro, Barra do Turvo, Iguape e Sete Barras.
De acordo com os principais laticínios da região, localizado na Barra do Turvo, 95% de toda produção de leite de búfala é destinada a leite e queijo. Sendo apenas 5% para os demais derivados – destaque para doce de leite. Em 2020, mesmo com a pandemia, R$3 milhões de litros de leite foram comercializados.
Segundo Anderson B. de Lima, consultor do SEBRAE, da região, um programa desenvolvido pelo Sebrae em parceria com a Secretaria Estadual da Agricultura levou os pecuaristas a entender que era possível melhorar a produtividade com técnicas simples de manejo. “Tivemos também a parceria de um grande laticínio, que instalou um tanque de expansão em Barra do Turvo para manter o leite refrigerado. Esse laticínio também compra 95% da produção local para produção de queijo, requeijão e outros derivados do leite de búfala”.
Em Barra do Turvo, os produtores conseguem cerca de R$ 2,01 por litro de leite de búfala, enquanto o mercado paga R$1,28 pelo litro do leite de vaca. Sendo assim, no ano passado, a economia do município movimentou R$6 milhões. “A qualidade do nosso produto é o grande diferencial. Hoje, a procura é bem maior do que a oferta que temos”, finaliza Anderson.
As informações são do Portal da Cidade.
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