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Queijo Kochkäse: portaria regulamenta produção e venda da iguaria em Santa Catarina


Você não precisa mais ir com medo à feirinha para comprar Kochkäse em Santa Catarina. Isso porque uma portaria publicada no Diário Oficial do Estado e assinada pelo secretário da Pesca, Agricultura e Desenvolvimento Rural, Ricardo Gouvêa, regulamenta a produção e comercialização de queijos artesanais feitos a partir de leite cru. Na prática, a iguaria sai da ilegalidade.


O documento destaca que para ser produzido, o Kochkäse terá de ser oriundo de áreas livres de doenças como a brucelose e a tuberculose, e deverá respeitar as chamadas “Boas Práticas de Produção” que envolvem criação e ordenha das vacas. Obrigatoriamente o queijo terá de ser produzido com leite cru ou pasteurizado e sal, podendo levar outros ingredientes como manteiga, creme de leite, alcaravia (kümmel) e coalho não industrial.


Se houver qualquer insumo que não esses, o queijo não poderá ser denominado “Kochkäse”. O texto da portaria ainda destaca outras obrigatoriedades, como a consistência mole, cor amarelada e sabor característicos que precisarão ser respeitados para que o produto tenha a designação específica. Clique aqui e veja o documento completo.


O que é o produto


O Kochkäse é historicamente produzido nas áreas de colonização germânica de Santa Catarina, principalmente no Vale do Itajaí. Com sabor e odor característicos, ele deixou os ranchos dos colonos e começou a ganhar espaço nos tradicionais cafés de padaria. Um pote de meio quilo chega a ser vendido a mais de R$ 12 em muitas áreas da Região Norte de Blumenau, por exemplo.


A venda desse produto, porém, sempre esbarrou em regras sanitárias. Embora existisse toda uma corrente a favor do queijo no Estado — como o Projeto Kochkäse, da Furb, e o pedido de reconhecimento da iguaria como patrimônio cultural e imaterial pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) —, o alimento sempre era jogado para escanteio. Para especialistas, a falta de uma regra que permitisse a produção impactava diretamente em 6 mil famílias catarinenses.


As informações são do portal NSC Total.

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