A Gellak Sorvetes, localizada em Sete Lagoas, na região Central do Estado, acaba de concluir a expansão da linha de produção de alimentos congelados. Apesar de o valor investido não ter sido revelado, o aporte permitiu a empresa dobrar a capacidade de processamento dos atuais 15 mil litros diários para 30 mil litros dia.
A informação é do sócio-proprietário da Gellak, Vagnaldo Geraldo da Fonseca. Segundo ele, a nova capacidade instalada dará fôlego para a empresa crescer nos próximos três a quatro anos.
“Iniciamos a expansão há dois anos, visando justamente atender ao aumento da demanda. A previsão inicial era concluí-la em julho, mas, com os impactos da pandemia da Covid-19 no início de 2020, precisamos suspender as intervenções por um período e finalizamos agora”, detalhou.
Embora não tenha revelado o investimento, por questões estratégicas, o empresário disse que boa parte do aporte foi realizada com capital próprio da empresa e outra fatia foi financiada.
Fundada em 1993, a Gellak trabalha com a produção de sorvetes, picolés e açaís e atua no mercado B2B, fornecendo produtos para supermercados, padarias e sorveterias. Os produtos são vendidos para parte de Minas Gerais, algumas cidades fora do Estado e agora têm se consolidado também no mercado de Belo Horizonte e da região metropolitana.
A linha de produção está localizada em uma área de 3 mil metros quadrados. A empresa conta ainda com frota própria para atender parceiros e clientes e 170 funcionários. Com a expansão, a meta é encerrar 2021 com quadro 30% maior.
Atualmente, no verão, a produção chega ao limite de 15 mil litros/dia, enquanto nos meses mais frios, cai para 5 mil litros diários. Conforme Fonseca, a tradicional sazonalidade do setor faz com que as indústrias trabalhem para um período compensar o outro.
Especificamente sobre os últimos meses, quando muitos setores tiveram seus funcionamentos restringidos pelas medidas de distanciamento social para evitar a disseminação da Covid-19, o sócio-proprietário da Gellak explicou que as áreas atendidas foram diferentemente afetadas.
“O segmento de sorveterias teve uma queda absurda, enquanto a demanda das padarias se manteve estável e as vendas para os supermercados aumentaram. Assim, um acabou compensando o outro e conseguimos manter os níveis de comercialização inicialmente projetados para 2020”, detalhou — sem revelar números.
O resultado será possível, mesmo diante das dificuldades de aquisição de matéria-prima no decorrer do segundo semestre. Segundo o executivo, as maiores faltas dizem respeito ao papelão e ao plástico e estão relacionadas ao aumento da demanda no mercado interno e à alta nas exportações destes materiais. “No momento, conseguimos a matéria-prima apenas para o dia. Não temos todos os insumos para trabalhar por dez dias consecutivos, por exemplo”, explicou.
As informações são do Diário do Comércio.
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