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Brasil: A demanda láctea pode surpreender mais adiante


De acordo com o relatório do Rabobank AgroInfo, durante o mês de junho no Brasil, a melhoria da economia poderia trazer uma demanda mais forte no segundo semestre. Enquanto isso, a produção está avançando gradualmente, com os preços ao produtor compensando os custos mais altos e os impactos do tempo seco.


A produção de leite no Brasil cresceu 1,8% no primeiro trimestre de 2021 em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados do IBGE. O preço pago ao produtor permaneceu em níveis elevados nos primeiros meses do ano, atingindo uma média de R$ 2/litro nos primeiros cinco meses de 2021, um aumento de 44% em comparação com o valor do mesmo período em 2020. Apesar do aumento dos preços, os altos custos limitaram a rentabilidade do produtor de leite brasileiro. O cenário de clima seco nas principais bacias leiteiras levou a uma maior necessidade de comprar rações concentradas complementares.


Segundo o CEPEA, o índice de custos de produção acumulou um máximo de 9,1% nos primeiros cinco meses de 2021. A recente queda do dólar em relação ao real pode trazer alívio nos custos dos alimentos, o que pode ajudar o produtor a manter a produção a uma leve taxa de crescimento, apesar do clima seco.


Quanto à demanda de laticínios e alimentos em geral, uma retomada mais forte da atividade econômica em 2021 deverá ajudar a melhorar o cenário de consumo no segundo semestre do ano. Após a segunda onda da pandemia muito grave no primeiro trimestre de 2021, as projeções econômicas apontavam para um crescimento do PIB de apenas 3,5%, mas a atividade econômica e os dados de vendas no varejo surpreenderam positivamente a partir de abril. Como resultado, as previsões de mercado foram revisadas para 5% ou mais do PIB nas últimas semanas e o dólar está mais fraco. Embora haja um efeito estatístico do baixo nível de comparação em 2020, a aceleração da atividade econômica aumenta a expectativa de um consumo mais robusto de alimentos. A ajuda de emergência provavelmente será prolongada por mais três meses, até novembro, o que também deve ajudar a apoiar o consumo, especialmente se a curva de inflação começar a dar sinais de normalização no segundo semestre, como esperado.


A queda do dólar e o resfriamento dos preços internacionais dos laticínios deveriam limitar mais exportações do Brasil, mas poderiam abrir oportunidades para importações adicionais do Mercosul no segundo semestre do ano.


Entretanto, o cenário de preços elevados ao produtor deve continuar com uma demanda mais robusta pela frente.


Pontos de atenção

– O avanço da vacinação no Brasil deve ajudar na recuperação econômica no segundo semestre do ano, com o aumento da atividade nos canais de food service.

– O tempo seco deve continuar afetando as margens do produtor na segunda metade.


Fonte: Edairy News

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