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Betânia ampliará sua produção de lácteos e prevê crescimento


A cearense Betânia Lácteos investirá R$ 50 milhões em duas novas fábricas em 2020. O objetivo é elevar o volume de vendas em 15% e o faturamento em 20%. A empresa quer ampliar a captação de leite de 850 mil litros por dia para 1 milhão nos próximos dois anos.


Do aporte total, R$ 10 milhões serão destinados para a construção de uma planta em Teixeira de Freitas (BA), com foco na produção de queijos e leite longa vida. A nova unidade deverá entrar em operação em março de 2020. A construção, que já está em curso, já custou R$ 15 milhões. Ao todo, projeto na Bahia totalizará R$ 25 milhões.


A Betânia também está investindo em uma unidade de leite em pó em Morada Nova, no Ceará, onde já mantém uma unidade. A planta entrará em funcionamento na segunda metade de 2020 e receberá R$ 40 milhões. Outro aporte feito pelo laticínio é a reforma da planta de Capela do Alto Alegre (BA), que produz queijos e bebidas lácteas.


Em entrevista ao Valor, o CEO da Betânia, Bruno Girão, afirmou que, a depender dos preços do leite, o faturamento da empresa pode aumentar 20% com a ajuda da unidade de Teixeira de Freitas, que entrará em operação em março de 2020, e dos outros investimentos em curso. Girão faz parte da família controladora da Betânia, empresa que desde 2017 tem como sócio o fundo Arlon Latin America Partners.


Em 2019, a Betânia deve faturar R$ 878 milhões, incremento de 13% na comparação anual. Apesar do aumento das vendas, a companhia terá margem menor neste ano, segundo Girão. Na avaliação do empresário, esse foi “um dos anos mais difíceis do setor na última década”.


A margem mais apertada reflete, principalmente, a dificuldade de repassar o aumento dos custos de produção nos preços do leite longa vida - que responde por 46% do faturamento - e também o aumento de custos logísticos devido à expansão comercial da companhia para áreas mais distantes.


Com os investimentos, a Betânia passará a contar com seis fábricas (no Ceará, Pernambuco, Bahia e Sergipe) e dez centros de distribuição. “Estamos com 35 mil pontos de venda e esperamos chegar a mais 7 mil com o investimento que estamos fazendo na Bahia", disse.


A companhia também espera ver os resultados de vendas de novos produtos, como o primeiro iogurte que não precisa de geladeira no país, lançado em meados deste ano, no faturamento de 2020. “Estamos otimistas. Pior que esse ano não vai ser”, afirmou o empresário.


O passo mais aguardado pela família, porém, será dado hoje, com a inauguração do Instituto Luiz Girão, que homenageia o fundador da empresa, pai do atual CEO. “Queremos desenvolver as famílias por meio do leite”, acrescentou David Girão, que presidirá o instituto.


Com orçamento de R$ 1,5 milhão no primeiro ano, o órgão deve buscar parcerias com outras organizações para promover ações de profissionalização, orientação sobre sucessão rural, bem-estar animal e preservação da caatinga. “Já no terceiro ano queremos ter R$ 10 milhões investidos”, afirmou o CEO da Betânia.


O empresário destacou que produzir leite no bioma não é tarefa simples, dada a pouca oferta de água e alimento para os rebanho. Ao Valor, o fundador da Betânia, Luiz Girão, afirmou que o objetivo é evitar que o produtor deixe o campo. Para isso, ele calcula que o produtor precisa ter uma renda mínima de dois salários mínimos, o equivalente a 3 mil litros anuais por vaca. Atualmente, 3,5 mil pecuaristas do Nordeste fornecem leite para a empresa.


As informações são do Valor Econômico.



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