Confira o artigo do presidente da Marajoara Laticínios, André Luiz Rodrigues Junqueira, sobre os benefícios do leite. Um recente estudo da Embrapa sobre alimentos e bebidas consumidos pelos brasileiros calculou quanto custa atender 30% das necessidades diárias de oito nutrientes essenciais para o ser humano: proteína, cálcio, ferro, fibras e vitaminas A, C, D e E. A conclusão foi que o leite é uma das fontes mais baratas desses nutrientes. O leite integral, por exemplo, pode suprir 30% das necessidades de cálcio de um adulto saudável ao custo de apenas 97 centavos. O consumidor teria que gastar mais de R$ 1.000,00 se desejasse obter a mesma quantidade de cálcio por meio do café, do caju ou chiclete, de acordo com o estudo. O CONSUMO BRASILEIRO Apesar dos benefícios e baixo custo, o brasileiro ainda toma pouco leite, segundo outra pesquisa, apresentada em junho de 2019 pela Sociedade Americana para Nutrição. Ela apontou que o brasileiro toma 127 mililitros de leite por dia, muito menos do que os finlandeses, com uma média de 374,4, ou mesmo os eslovenos, com 220,4 mililitros por dia. Ainda segundo o estudo, bebemos menos leite do que nossos vizinhos na América Latina. Entre os vizinhos latinos ficamos à frente somente da Bolívia, com uma marca de 88,6 ml por dia. Crescimento econômico e o aumento da renda são, em geral, os principais determinantes para o crescimento do consumo de produtos de origem animal, o que inclui o leite, em grande parte dos países em desenvolvimento. Nesse sentido, o setor leiteiro do Brasil, o quarto maior do mundo, começa a se recuperar do tombo provocado pela crise iniciada em 2015. Mas os desafios da indústria láctea brasileira não param por aí. PRODUÇÃO E MERCADO O mercado brasileiro tem capacidade para aumentar sua produtividade e atender esse gap de consumo do mercado interno, especialmente se houver mais subsídios. Temos hoje uma produção de 900 litros por hectare ao ano, mas podemos alcançar 18.000 litros ou até mais. Isso representaria um aumento de 2.000%, o suficiente inclusive para atender ao mercado externo. Outra ação necessária para incremento do setor leiteiro brasileiro é o incentivo do consumo interno. Há um modismo equivocado, ao meu ver, entre alguns profissionais de saúde que desincentivam a ingestão do leite de origem animal, mesmo com a Organização Mundial de Saúde recomendando que um adulto deva consumir no mínimo 200 litros de leite por ano. No Brasil, mal chegamos a 166 litros/ano/pessoa. André Luiz Rodrigues Junqueira Industrial do setor de laticínios
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