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Agroindústria em MG aumenta produção de leite de cabra com ATeG


A Assistência Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) tem apresentado cada vez mais resultados positivos para as pequenas e médias agroindústrias do Brasil. No Rancho Chaparral, em Minas Gerais, por exemplo, onde as cabras são as protagonistas, o atendimento da ATeG proporcionou um salto de produtividade, além de melhorar o controle de receitas e despesas.


“Antes da ATeG, a gente não conseguia processar no laticínio todo o leite que a gente tirava no capril, tendo que vender para outros laticínios. Com o atendimento, estamos conseguindo aumentar a venda de queijos e captar todo o leite”, afirmou a produtora rural Marina Monteiro Netto.


A atividade rural do rancho, localizado no município de Santo Antônio do Aventureiro, na Zona da Mata Mineira, começou com os avós de Marina. A produtora rural cresceu em contato com o campo e hoje garante a sucessão familiar e também a transição para uma empresa agropecuária. “Quando eu entrei na medicina veterinária, percebi que se a gente quisesse viver do rancho, a gente teria que ganhar dinheiro e transformar a atividade em uma empresa. Faltava alguém com uma qualificação. Então durante a faculdade eu fui me dedicando a isso e hoje continuo estudando e buscando apoio do Senar”, explicou Marina.

A criação de caprinos começou em 2005 e hoje é voltada para a produção de leite com 80 animais em estágio de lactação. Para garantir o bem-estar animal e uma melhor produtividade, a alimentação é específica para cada fase de vida dos animais. “Na época da seca, nós plantamos milho e fazemos a silagem. Durante as chuvas, alimentamos os animais com capim Capiaçu. O concentrado nós fazemos a formulação aqui na propriedade mesmo. Compramos os insumos e misturamos. Existe uma ração específica para cabras em lactação e para cabras secas”, disse Monteiro.


A ração diferenciada gera um leite com mais qualidade, que ajuda a família a produzir cinco tipos diferentes de queijo de cabra. Com a obtenção do registro de produtos de origem animal, em 2018, foi possível comercializar os queijos no estado de Minas Gerais. O trabalho gerou um grande reconhecimento para o laticínio do rancho, com um produto chamado “Alecrim do Chaparral”, premiado na região Sudeste.


A produtora Isabela Monteiro Netto explicou que a produção do queijo é feita com fermento lático, o que traz uma cremosidade agradável ao paladar. “Esse queijo é muito especial para nós. O alecrim que vem por cima e por baixo traz todo um aroma, um sabor muito suave”.


A produção das cinco variedades de queijo de cabra que já estava indo bem, passou a ser ainda melhor com a ATeG do Senar Minas para agroindústria. Com o acompanhamento iniciado em maio de 2020, o cardápio de produtos do rancho ganhou três novos tipos de queijo e um iogurte, seguindo as boas práticas de fabricação.


“Na agroindústria a gente consegue trabalhar com corte da coalhada, a mudança de um fermento mais adequado e o jeito de mexer a massa, o que proporciona um rendimento muito maior. O sucesso foi resultado de pequenas atitudes e constantes a cada mês”, destacou a técnica de campo do Senar Minas, Aline Machado.


Depois da Assistência Técnica e Gerencial do Senar Minas, o Rancho Chaparral passou a produzir 500 litros de leite de cabra com as ordenhas semanais. Já a produção de queijos saltou de 150 para 300 quilos por mês, com uma média de 130 gramas em cada unidade. “É muito bom para nós e para nossa autoestima saber que o nosso produto está sendo bem aceito no mercado. A ATeG é muito responsável por isso, porque nos ajudou a ter outra visão”, afirmou Isabela Monteiro.


O acompanhamento da técnica de campo também foi importante para melhorar a administração da propriedade, com o detalhamento das receitas e despesas e do que é produzido e comercializado. Tudo é registrado no Caderno do Produtor.


“A sensibilidade de ver o que precisa ser mudado é muito importante. Não é sobre apenas o rendimento, é qualidade, é a história do queijo, a história desse produtor, do que ele vem fazendo. É tentar realmente ser uma empresa rural, que tenha retorno financeiro e que consiga permanecer no campo, melhorando seus produtos”, disse a técnica Aline.


Para a produtora Isabela, a Assistência Técnica só veio a acrescentar. “Eu acho que a gente tem que falar do Rancho Chaparral antes da ATeG, e o Rancho Chaparral agora com a ATeG. Tenho certeza que a tendência é melhorar cada vez mais”.


As informações são da CNA.

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